GRAMATICAIS. A esgrima, embora tenha raízes em treinamentos militares no Antigo Egito e tenha sido praticada pelos gladiadores na Roma Antiga, ganhou, no século XVI, entre os nobres europeus, o status de uma arte refinada, tendo-se tornado um símbolo de elegância. Desde o final do século XIX, passou a integrar as modalidades olímpicas. Nosso temaContinuar lendo “A arte de esgrimir argumentos”
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A Justiça é cega
GRAMATICAIS. REFLEXÕES. Todos conhecemos a representação da Justiça como uma mulher de olhos vendados. A venda nos olhos simboliza a imparcialidade, significando que, para haver justiça, o julgamento deve ser feito apenas com base nos fatos e nas leis, à luz da razão, sem influência de emoções, preconceitos ou quaisquer outros interesses. Há alguns dias,Continuar lendo “A Justiça é cega”
O sistema do plural – e ‘tals’
GRAMATICAIS. ORTOGRAFIA. É raro que, na hora de escrever, se pense muito na ortografia de uma palavra, a menos que se tenha dúvida recorrente sobre ela. Em geral, a forma da palavra é fixada na memória e passa a ser registrada automaticamente. Em alguns casos, como sabemos, a pessoa fixa a forma incorreta, mas aíContinuar lendo “O sistema do plural – e ‘tals’”
‘Frauda’ [sic] e o plural de ‘sarau’
ORTOGRAFIA. GRAMATICAIS. No português do Brasil, é muito comum a pronúncia do “l” como “u”, sem nenhuma diferença. Aliás, isso está na raiz da conhecida confusão entre “mal” e “mau”, os dois regularmente pronunciados da mesma forma. No caso desse par, a dica de sempre é distinguir os termos pelos seus antônimos: “mal” é oContinuar lendo “‘Frauda’ [sic] e o plural de ‘sarau’”
Homicídio, feminicídio, genocídio
Nesta publicação, examinamos a formação de termos como “feminicídio” e “homicídio”.
Próclise é colocação mais comum no Brasil
GRAMATICAIS. O título acima expressa uma espécie de consenso nacional. No português do Brasil, há predileção pelo uso do pronome átono antes do verbo, independentemente da situação, o que seria uma das marcas que distinguem a sintaxe brasileira da portuguesa. Na linguagem espontânea, isso parece de fato ser verdade. No registro escrito, no entanto, aContinuar lendo “Próclise é colocação mais comum no Brasil”
Tomar emprestado: concordância
GRAMATICAIS. Na língua portuguesa, existem dois sistemas de concordância, o verbal e o nominal. A concordância verbal expressa, por meio da flexão das formas verbais, a relação entre o sujeito da oração e o verbo a ele relacionado; a concordância nominal expressa, por meio da flexão de nomes, a relação entre o substantivo e osContinuar lendo “Tomar emprestado: concordância”
Ordem dos termos e uma questão de gênero
GRAMATICAIS. Os trechos abaixo são partes do relato noticioso de um sequestro, publicado em um dos grandes jornais de São Paulo. Os fragmentos suscitam duas questões linguísticas interessantes, uma de concordância de gênero, outra de ordem dos termos e duplo sentido. Vejamos. Uma mulher de 48 anos e dois homens, de 54 e 24, foramContinuar lendo “Ordem dos termos e uma questão de gênero”
“Sobressair” e paralelismo semântico
GRAMATICAIS. No trecho abaixo, extraído de uma notícia de jornal, temos uma questão de regência relativa ao verbo “sobressair” e uma questão de paralelismo semântico. Vejamos: Já o desempenho das meninas se sobressai na comparação com os meninos. Elas conseguem um resultado médio de 431 pontos, “significativamente superior ao resultado médio dos meninos”, de 408Continuar lendo ““Sobressair” e paralelismo semântico”
“Muito” e “muitos”: advérbio e pronome
GRAMATICAIS. O trecho abaixo é o parágrafo de abertura de um artigo de newsletter que trata do famigerado ChatGPT. Do ponto de vista gramatical, vamos ver que houve confusão entre o advérbio “muito” (invariável) e o pronome indefinido “muito”, que se flexiona normalmente em gênero e número. Esse é o nosso tema de hoje. MuitoContinuar lendo ““Muito” e “muitos”: advérbio e pronome”